Incrementando o almoço e introduzindo o jantar em substituição à mamada das 18/19 horas.
Fazer o dobro da receita da sopa e separar em duas porções: almoço e jantar.
Para variar e atender as necessidades nutricionais da criança é necessário introduzir alguns alimentos, de preferência no almoço. Reservar a sopa mais leve para o jantar, a fim de não prejudicar a aceitação da última mamada- antes de dormir- e evitar que acorde de madrugada com fome, se bem que alguns bebês, principalmente nos casos em que foi imposta certa disciplina no regime alimentar, dispensam a mamada das 22/ 23 horas e dormem direto até as 6/7 horas, já a partir dos 2/ 3 meses de idade.
Na sopa do almoço, introduzir um dos alimentos:
– feijão, ervilha, grão – de- bico, lentilha ? tendência laxante e pouco fermentativa. A vantagem em cozinhar estes grãos junto com a carne, é aumentar a disponibilidade de ferro.
– macarrão tipo cabelo de anjo, estrelinha, chumbinho. Os diversos tipos de macarrão, exceto os com recheio, são de fácil digestão.
– arroz ou farinhas de arroz (Arrozina, Mucilon, Creme de Arroz), semolina, fubá, tapioca ? tendência obstipante.
– farinhas tipo Maizena, Neston, Quatro Cereais, etc.
Nas primeiras refeições, recomendava-se passar a sopa em peneira fina, nessa fase, objetivando estimular a mastigação, utilizar peneira de malha grossa e dependendo da aceitação- se não houver engasgos à medida que a alimentação vai progressivamente se tornando mais consistente- apenas esmagar com garfo. Quando a criança estiver acostumada com este tipo de alimentação bem pastosa, geralmente em torno dos 11 meses de idade, não é mais necessário esmagar os alimentos. Chegou a hora da “comidinha“!
Observações :
– A introdução de novos alimentos, deve ser lenta e gradual, para verificar se o sabor vai agradar e a reação do organismo do bebê (formação de gases, efeito laxativo ou obstipante). Os miúdos- coração, moela, fígado- apesar de nem sempre satisfazer o paladar dos bebês mais exigentes, podem fazer parte da sopa a partir dos oito meses. Outros alimentos com alto teor proteico, devido seu potencial em causar alergia, não devem ser introduzidos precocemente ? a clara de ovo cozida e peixes com menos espinhas (cação, robalo, badejo), poderão engrossar o cardápio dos bebês com idade superior aos 10 meses. Fica a sugestão de um peixinho, acompanhado de um purê de mandioquinha ou batata. Nesta fase, algumas crianças já manifestam predileção por alimentos mais sólidos. Como estímulo a mastigação, inclusive para aliviar a sensação incômoda da erupção dentária que desponta nessa idade, podem-se oferecer bolachas, biscoitos, “casca de pão italiano”, sempre com supervisão muito atenta e distante dos horários das refeições habituais.
Com um ano, a alimentação está praticamente liberada. Com bom senso, procurar diversificar o cardápio e a apresentação dos alimentos. O ambiente deve ser tranquilo e evitar a pressa exagerada assim como que as refeições se prolonguem em demasia. Respeitar suas preferências e manter atitude calma frente à recusa de alguns alimentos, sem que as guloseimas substituam os alimentos naturais. Afinal, é muito mais gostoso um chocolate, que um bife ou uma maçã.
– Os produtos industrializados, não deixam de ser uma alternativa na impossibilidade da alimentação natural. Com o uso abusivo, além do maior custo, a criança pode passar a recusar sistematicamente as comidas caseiras.
PROCLAMANDO A INDEPENDÊNCIA
LARGANDO A MAMADEIRA, DANDO ADEUS AO CADEIRÃO, ETC, ETC…
“No desenvolvimento da criança não existem esquemas rigorosos e sim padrões flexíveis”.
Não podemos fixar uma época, com exatidão, para início de uma atividade. Algumas crianças desenvolvem habilidades para determinados afazeres com mais facilidade, o que não indica que sejam mais precoces, portanto, as comparações criam expectativas e ansiedade desnecessariamente.
– Com 12- 14 meses, seguram espontaneamente a colher e tentam se alimentar sozinhas, sem auxílio. Inicialmente encontram dificuldades e mesmo com a ajuda de outra colher, na maioria das vezes, optam por comer com as mãos. Nesta fase, é importante uma pitadinha de paciência com a comida por todos os lados e, sobretudo, com o bebê que ficará mais deslumbrado com suas descobertas e atividades lúdicas (leia-se brincadeiras), do que propriamente querendo comer.
– Dos 12 aos 24 meses, procurar dar adeus à mamadeira, sem substituí-la pela chupeta. Seu uso abusivo, mesmo as ortodônticas, além dos riscos para deformar a arcada dentária, impede que as crianças falem precocemente, pois estão sempre com a boca ocupada, digo: fechada.
– Dos 3 aos 4 anos, poderão comer, sem muitos empurrões, esparramando ainda comida ao seu redor. Por vezes, será necessário complementar a alimentação com nossa ajuda, já que nessa idade a preguiça pode ser maior do que a fome.
– Entre 4-5 anos, já dominam relativamente bem a colher e conseguem usar o garfo para alimentos em pedaços.
– A partir dos 5-6 anos, poderão usar a faca para passar manteiga no pão.
– Aos 8-9 anos, para cortar alimentos
– Aos 18 anos pegarão a chave do carro e bye, bye!
Pois é! Para nosso consolo: Filhos pequenos, despesas pequenas e preocupações pequenas. Filhos grandes…