Clínica Infantil Indianópolis

Com gente pequena é assim mesmo

Comumente ouvimos alguém dizer: Como as crianças de hoje estão mudadas!Os bebês (crianças de colo) continuam sendo exatamente os mesmos em fase de crescimento e desenvolvimento.O quê mudou, foi que a criança passou a ser encarada e tratada como gente  “GENTE PEQUENA”

A criança enxerga, escuta, tem o olfato e o paladar  desenvolvidos desde o nascimento.O recém-nato nasce competente, ao contrario do que se imaginava há cerca de vinte anos atrás. Os estudos assinalam que ele não é portador de nenhuma deficiência sensitiva, apesar da metodologia das pesquisas ser questionável pela maneira interpretativa subjetiva das suas expressões, sem embasamento científico.

NO QUE CONCERNE À PERCEPÇÃO VISUAL

Tem-se observado que ele é capaz de seguir um objeto interessante (psicodélico – que foge aos padrões tradicionais em matéria de roupas, atitudes, decoração, etc) a partir do segundo dia de vida e, demonstra interesse nas expressões faciais chegando a fazer imitações de caretas com apenas algumas horas de vida. Muitos pediatras ainda não tiveram a oportunidade de presenciar este tipo de reação.Uma outra opinião é que o bebê nasce com miopia e que sua visão vai se definindo com o avançar da idade, tornando-se nítida por volta dos seis meses.

QUANTO ÀS PERCEPÇÕES – AUDITIVA, OLFATIVA E DO PALADAR, AINDA QUE DE CARÁTER SUBJETIVO, BASEANDO-SE EM REAÇÕES DOS RECÉM-NATOS, PARECE QUE A OPINIÃO É GERAL:

PERCEPÇÃO AUDITIVA 

Observa-se que os recém-nascidos movem a cabeça em direção a uma fonte sonora com horas de vida, principalmente com emissão de sons agudos, daí então, esta reação ser mais freqüente  com a voz feminina.

PERCEPÇÃO OLFATIVA

Logo ao nascimento giram a cabeça em direção aos seios, induzidos, muito provavelmente, pelo cheiro do leite materno. Por volta dos seis dias de vida, são capazes de reconhecer suas mães pelo cheiro e/ou pela voz.                                     

PERCEPÇÃO DO PALADAR

Observa-se que são capazes de reconhecer os sabores azedos, salgados ou amargos – com caretas e recusa do alimento ou demonstram prazer, aceitando líquidos adoçados como chás, sucos e leites.Assim como os adultos, os recém-natos e as crianças manifestam uma predileção alimentar e não há como prever se a criança irá aceitar ou recusar um determinado alimento. Existem casos de recusa do leite e outros, com a não aceitação de frutas (não necessariamente cítricas) e/ou salgados (sopas). Apesar da tendência universal ser a amamentação materna exclusiva até os seis meses de idade, por questões de necessidade (mãe que precisa trabalhar) ou meramente adaptativas e étnicas, os sucos de frutas podem ser introduzidos a partir dos dois meses, as frutas (oferecidas na colher para estimular a mastigação) após os três meses, a sopa (almoço) com quatro meses – gema de ovo cozida após quinze dias da aceitação da sopa e o jantar, após os seis meses. A partir dessa idade, deve haver prioridade para alimentos ricos em ferro como carnes vermelhas, fígado e miúdos de frango, soja, feijão, ervilha, lentilha e abóbora.

OBSERVAÇÕES:

É natural uma certa expectativa de como nosso pequeno gourmet irá aceitar determinados alimentos, especialmente quando já fazem parte do cardápio de outros bebês da mesma idade. Dificilmente os pediatras deixam de ser considerados conservadores, leia-se antiquados, ou liberais, leia-se mais modernos.Geralmente a iniciativa de introduzir um alimento mais precocemente é da própria família, induzida pelas vovós, seguindo seu instinto e apoiando-se no fato de terem criado várias crianças dessa maneira, sem nunca ter acontecido nada de mal.
Pois é! Água mole em pedra dura…Não podemos nos deixar levar pela arbitrariedade, contando com a sorte, pois cada criança tem sua carga genética e maneiras diferentes de reagir. A dificuldade reside em prever uma reação alérgica na ausência de qualquer suspeita.

– De maneira geral , os alimentos relacionados com reações alérgicas devem ser introduzidos em uma determinada idade, para minimizar os riscos. A gema de ovo cozida pode ser introduzida aos quatro meses, a gema crua (gemada) aos seis meses, a clara de ovo cozida aos onze meses e assim vai.

– No que diz respeito a etnia, por motivos ainda não esclarecidos, observa-se uma menor incidência de alergia aos peixes nos descendentes da raça oriental, daí então, seu consumo precoce já fazer parte da sua cultura, enquanto que nos outros povos o peixe é introduzido aos nove ou dez meses.

–  Como a hereditariedade (genética) é o fator mais importante no desenvolvimento das alergias, sempre que houver antecedentes de alergia alimentar em pelo menos dois parentes próximos, é prudente que os alimentos envolvidos somente integrem o cardápio do bebê mais tardiamente e sob supervisão médica. Em determinados casos, a abstinência deve ser mantida até a criança completar três a cinco anos de idade. A alergia alimentar freqüentemente envolve todos alimentos correlatos (do mesmo grupo), são exemplos o leite e derivados / chocolate e cacau / ameixa, cereja, damasco e pêssego.

– A probabilidade de ocorrer reações alérgicas alimentares através de sintomas gastrintestinais, cutâneos (eczema, urticária) ou respiratórios, é tanto maior, quanto mais precoce for sua introdução. O único alimento relacionado com sintomas respiratórios  (bronquite) é o leite de vaca. Na prática, observa-se que a freqüência das manifestações alérgicas atribuídas ao leite de vaca é bem menor quando ele é introduzido após o primeiro ano de vida. Nestes casos s chances de manifestações alérgicas são quase nulas.

– Alguns alimentos industrializados contendo corantes e conservantes são responsáveis por um  número significativo de casos de alergia alimentar. Estes produtos devem ser oferecidos preferencialmente a partir de um ou dois anos de idade e na impossibilidade de lançar mão de produtos naturais.

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